segunda-feira, 26 de outubro de 2015

O Último Poema

Assim eu quereria meu último poema
Que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos intencionais
Que fosse ardente como um soluço sem lágrimas
Que tivesse a beleza das flores quase sem perfume
A pureza da chama em que se consomem os diamantes mais límpidos
A paixão dos suicidas que se matam sem explicação.

Publicado no livro Melhores Poemas de Manuel Bandeira, organização de Francisco Assis Barbosa. 15 ed. Global Editora, 2013.

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